Thursday, December 14, 2006

Por favor, um ano ímpar!

2006 tá indo mesmo. Ano par. Uma desgraça pra mim.
Geralmente meus anos ímpares são bem melhores. Nasci em 1987. Aprendi a ler em 1991. Meu irmão nasceu em 1995. Me formei na escola em 2003. E passei no vestibular em 2005.
Não vejo a hora de chegar 2007!

Na verdade esse é um post de despedida. O último do ano (não que eu tenha feito muitos esse ano, mas...) e o unico pelos proximos dois meses. Sim, voltarei à minha terra e ficarei longe da tecnologia. Não que Pelotas seja no meio do nada, mas, por enquanto, ainda vou ficar isolada do mundo.
Um pouco pela situação, um pouco por vontade própria.

2006 foi um ano difícil. Perdi bastante coisa. E ganhei muito poucas, mas realmente importantes.
No fim, entra ano, sai ano e eu continuo achando que o melhor dos meus últimos 365 dias são os meus amigos. E fiz amigos ótimos esse ano. De formas bizarras, de formas convencionais. Ao acaso ou não. De repente, algumas pessoas se tornaram muito importantes pra mim.
Não vou ficar citando nomes, mas voces sabem o que eu quero dizer: aprendi a amar voces do jeito que voces são. Aprendi a estar disposta a me irritar. Aprendi a ser meio mãe. Só ainda nao aprendi a pedir desculpas. Tá cada vez mais difícil.

Quero que todos voces, meus amigos, sejam muito felizes nesse fim de 2006 e no inicio de 2007. Boas festas e boas férias. Um ano novo cheio daquelas coisas boas que a gente sempre deseja. E um Natal com muitos presentes pra vocês.

E que venha 2007! Mal posso esperar =D

Friday, December 01, 2006

Me olhou e disse eu vou embora. Simples assim. Seco assim. eu vou embora.
Mala do lado do pé esquerdo. Casaco pendurado no braço direito. Já estava de óculos escuros e me disse eu vou embora. Baixou a cabeça, estendeu o braço esquerdo. Pegou a mala do chão.
Pensei que fosse dizer mais alguma coisa. Só me olhou.
Por um segundo foi como olhar um desconhecido. E tive a sensação de que podia ir.
Sustentou o olhar e disse tu não pode fazer nada eu vou embora.
Dei três passos para a frente. Abri a porta. vai.

Thursday, November 09, 2006

fim de semestre

maldito seja o fim do semestre.
a lista de coisas pra afzer só aumenta e mesmo que eu corte algumas coisas dela, ela vai continuar gigante...
oh, vida! oh, azar!

tá, mas pelo menos acontecem algumas coisas legais, de vez em quando.
às vezes, sei lá, a gente ta andando e, de repente, encontra alguém que nao via ha muito tempo...e a tarde fica mais divertida. ou a gente recupera o celular depois de um mes na assistência técnica. iu a gente sumplesmente volta a falar com pessoas muito legais, ainda que seja pelo msn.

se nao fosse no fim do semestre seria melhor. mas, por enquanto, já ta bom.

Friday, October 27, 2006

Eu vou de Olívio!

Nessa semana, finalmente, foi divulgada uma pesquisa sobre as eleições no estado. A diferença entre a tucana Yeda e o petista Olívio caiu 19 pontos percentuais. É obvio que foi essa pesquisa que me motivou a postar nesse blog de novo. Não que enquanto Olívio estava atrás nas pesquisas, o que já era esperado quando terminou o 1º turno, eu estivesse me escondendo ou desmotivada. Estou em campanha desde o 1º turno dessas eleições e não parei um minuto sequer.
Pois bem, a diminuição da diferença, que agora é de 6,1% - Yeda tem 49,2% e Olívio, 43,1% - me fez acreditar de vez que o Galo Missioneiro voltará ao Palácio Piratini, de onde não deveria ter saído. Segundo a pesquisa, Yeda estaria perdendo 1 ponto a cada dia, o que daria a vitória a Olívio no dia 29, por menos de 1 ponto percentual.
Quem viu o debate de ontem, na RBS, pôde perceber o quanto Yeda está despreparada para o governo do Rio Grande do Sul. As olheiras, o olhar cadavérico, a aparência cansada e a desestabilização emocional da candidata só demonstram o quanto a tucana se desespera diante de uma dificuldade. Onde será que foi parar a mulher que “tem competência, tem força e experiência”? Aliás, eu me pergunto sempre que tipo de pessoa experiente e competente permanece apenas 58 dias úteis no Ministério do Planejamento e é surpreendida pelo Plano Real, do qual não tinha o menor conhecimento. E vota contra o Rio Grande e a favor das oligarquias baianas e paulistas. Isso, claro, facilmente explicável: todos sabem que a tucana é paulista. E o fato de ser paulista não é nenhum defeito. Acontece que no momento em que Yeda é eleita deputada por um estado de fibra como o Rio Grande do Sul, deveria defender os interesses dos gaúchos. É isso que se vê? Não sei vocês, mas eu não vi.
Afora isso, a campanha tucana é cheia de contradições. No 1º turno, Yeda era contra o governo Rigotto. Oposição declarada, crítica. Depois, no primeiro debate do 2º turno, a candidata se orgulhava muito de ter feito parte de “um governo corajoso, que enfrentou a crise do Rio Grande como pôde”, nas próprias palavras da tucana. Ah, por favor! Ela pensa que as pessoas não têm memória recente?
Outra coisa...que jeito novo de governar é esse? Falar em novo jeito de governar é muito bonito, mas em que projetos e medidas consiste exatamente esse modelo? É um governo para a classe média, para o agronegócio e os latifundiários. Um governo para a minoria. E não é isso que o povo gaúcho merece.
Eu espero que, nessa reta final, os eleitores gaúchos se conscientizem ainda mais. A última pesquisa divulgada já mostra essa conscientização. A presença da militância petista nas ruas, as bandeiras vermelhas nas janelas, as estrelas no peito de quem transita pela rua...essas manifestações valem muito e a cada hora mais! O importante agora é concentrar todas as forças nessa virada de Olívio, que a cada minuto se mostra mais clara!
Vamos lá, mais uma vez! Todo mundo de Olívio dia 29!

Tuesday, October 03, 2006

o primeiro me chegou como quem vem do florista
trouxe um bicho de pelúcia, trouxe um broche de ametista
me contou suas viagens e as vantagens que ele tinha
me mostrou o seu relógio, me chamava de rainha
me encontrou tão desarmada que tocou meu coração
mas não me negava nada e, assustada, eu disse não.

o segundo me chegou como quem chega do bar
trouxe um litro de aguardente tão amarga de tragar
indagou o meu passado e cheirou minha comida
vasculhou minha gaveta, me chamava de perdida
me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
mas não me entregava nada e, assustada, eu disse não.

o terceiro me chegou como quem chega do nada
ele não me trouxe nada, também nada perguntou
mal sei como ele se chama, mas entendo o que ele quer
se deitou na minha cama e me chama de mulher
foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
se instalou feito um posseiro dentro do meu coração.

[chico buarque - teresinha]

muito medo. vai acontecer tão certo.

Sunday, September 24, 2006

quando o ego volta ao normal

que fazer festa com as minhas amigas é uma das coisas que eu mais gosto eu nem preciso dizer. todo mundo que le esse negocio sabe disso. é informaçao dispensavel. mas fazer festa com as minhas amigas quando eu to realmente precisando fazer festa com as minhas amigas é um negocio que ta ficando cada vez melhor. ultimamente eu andava sem muita vontade de sair, sempre reclamando de tudo, ia pra festa e ficava de mau humor. resumindo, uma chata, carente e psicótica. e ainda com mania de perseguiçao.
bom, a real é que, como diz a paula, tudo é uma questao de as coisas fazerem sentido. e eu complemento: deixar que as coisas se encaixem sozinhas até fazerem sentido é o melhor jeito pra isso acontecer. sabe quando a gente nao espera coisa alguma e de repente acontece alguma coisa muito boa? pois é. é tao bom! =D

é esse tipo de coisa que faz o ego voltar ao normal. e agora eu to me sentindo tao bem!

Sunday, September 17, 2006



Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse meu corpo!)
Sinto uma dor esquisita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita
Tanta nuança de paredes
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...

[O Mapa - Mário Quintana]

sexta fui com a cris ver o pôr-do-sol no lago guaíba. subimos até o café concerto, na casa de cultura mário quintana. apesar do dia cinza, assistimos a um espetáculo sublime, um pôr-so-sol maravilhoso.
fiquei horas pensando sobre a grandeza do sol e me senti tão ínfima, tão pequena, tão nada. fiquei refletindo sobre a vida muito tempo, sobre sentimentos, pessoas, lembranças.
eu, que me sinto tao auto-suficiente quase sempre, fiquei ali, parada, sentindo uma angústia que senti poucas outras vezes na vida.
coisas que só se sente em um pôr-do-sol do guaíba.

Friday, September 15, 2006

re-começando

aqui estou eu tentando começar um novo blog. talvez o motivo seja o fato de que eu preciso escrever mais e sobre varias coisas. talvez seja só o fato de que escrever me deixa mais leve, mais feliz e menos chata. talvez seja só pra tentar manter uma disciplina e escrever regularmente ou postar alguma coisa que diga um pouco de mim.
e tambem pode nao ser nenhum desses.
pode ser um impeto. ou uma razao que eu desconheço, mas que se manifestou de alguma fora [que coisa idiota de se dizer].
mas o fato é que ele está aqui. meu e infinito e particular. agora já nem tanto.
rosa, como não poderia deixar de ser. futil, como nao poderia deixar de ser. e cheio de postagens idiotas, só pra nao perder o costume.
pode aguardar.